Fim do Mundo

Plácidas galácias

consomem os olhos.

Pálidos luares fotografados

além da altura dos muros.

Colhem as mãos,

as últimas flores.

A passos lentos,

caminham os homens.

Em destroços,

filarmônicas.

No ar,

funéreas canções.

Dos lábios, saem as almas.

Celebram as horas finais.

Ladeira a baixo,

Relógios e sinos.

Crianças dormem,

mulheres sonham.

Em segundos,

imagens revelam

o medo de tudo.

O juízo final assombra.

Fere a pele rósea dos anjos.

Deus se abana e gargalha,

no dourado trono.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 05/06/2010
Código do texto: T2301914
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