Symphonia d’el Silencio...

Repouso-me em crepúsculo belíssimo

Enquanto observo a luz do grande altíssimo!

Maldito sono em sonho morto e mórbido

Assombra-me em descanso soleníssimo...

O alvorecer prossegue obscuro e lúgubre

De um pesadelo onírico e negríssimo...

Vejo um distante feixe de luz cândido...

Vislumbro entre as penumbras o anjo alvíssimo...

Resplende-me o esplendor de um portal pálido

De um ascendente altar nobre e puríssimo...

Um repentino e tétrico olhar vívido

Fez-me gélido o espírito mortíssimo...

Cintila na pupila o olho mortífero

Do umbro e horrífico algoz terribilíssimo...

E observo agora o atroz caminho púrpuro

Pavimentado em mármore antiquíssimo...

Um concerto sinfônico e quimérico;

Desconsertado, escuto-o elevadíssimo...

E através de um silêncio ancestral e épico

Contemplo a compaixão de um deus nobilíssimo!

...

(Bhrunovsky Lendarious)

Poeta Lendário
Enviado por Poeta Lendário em 04/06/2010
Reeditado em 11/12/2024
Código do texto: T2300268
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