Symphonia d’el Silencio...
Repouso-me em crepúsculo belíssimo
Enquanto observo a luz do grande altíssimo!
Maldito sono em sonho morto e mórbido
Assombra-me em descanso soleníssimo...
O alvorecer prossegue obscuro e lúgubre
De um pesadelo onírico e negríssimo...
Vejo um distante feixe de luz cândido...
Vislumbro entre as penumbras o anjo alvíssimo...
Resplende-me o esplendor de um portal pálido
De um ascendente altar nobre e puríssimo...
Um repentino e tétrico olhar vívido
Fez-me gélido o espírito mortíssimo...
Cintila na pupila o olho mortífero
Do umbro e horrífico algoz terribilíssimo...
E observo agora o atroz caminho púrpuro
Pavimentado em mármore antiquíssimo...
Um concerto sinfônico e quimérico;
Desconsertado, escuto-o elevadíssimo...
E através de um silêncio ancestral e épico
Contemplo a compaixão de um deus nobilíssimo!
...
(Bhrunovsky Lendarious)