Eu fogo

Enxergo meio metro cada esquina

De segredos entre os homens. Eles

São agonizáveis pelos seus conceitos

De elevação, eles pensam assim e assado

Nada sabem.

Posso ver todos, posso ver todos caindo,

Todos aturdidos, correndo, gritando,

Blasfemando, soltando espasmos de medo.

Posso ver todos desesperados suplicando,

Ajoelhado rezando. Posso ver todo

Destrambelhamento diante de mim,

Pois sou a montanha mais alta e esparramada

De todas que se destacam num vale montanhoso.

Quando me chamam de fumaça é por que

Eu sou fogo e onde há fogo a fumaça sufocando.

Quando gritam “O vulcão” é por que em baixo

Dos meus pés e acima de minha cabeça nada

Se mantem erguido senão aqueles que forem

Resistente a larva e a alta pressão. Outros choram

E dizem: “Ajude-me, ajudem-me” esses não são

Dignos de ajuda, pois nem se quer procuram

Uma saída, além de desafiar as verdades

Em suas próprias fantasias esses afogarão

Rodeados de larvas.

Chamem-me de brasa viva, pois eu queimo

Quem me toca e quem me bajula. E se não me

Dão ouvidos pouco importa sou brasa e da

Brasa faço-me faísca intensamente acesa

E aqueles que não me suportam afastem-se

Pois eu queimo fácil.

Extemporâneo
Enviado por Extemporâneo em 30/05/2010
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