TEMPO NENHUM
TEMPO NENHUM
Joyce Sameitat
Está chegando a chuva fria... Muito gelada;
Tentando puxar a noite bem antes da hora...
Olho para este tempo louco bem atordoada;
O sol estava aqui neste momento, e agora;
Corre tal fantasias que passam apressadas...
Evaporou com uma rapidez até invejável;
Mas sei que o vento está por trás disto...
Empurrou nuvens de um cinza irretocável;
Não é tempo nenhum... Tudo está misto...
Algo que não me é nem sequer imaginável!
O outono saiu da sua época de fininho;
Um clima meio de inverno se apresenta...
Do verão já não vejo sequer um caquinho;
Apenas tempo estranho sem presença...
Que chove luzes em reflexos miudinhos!
Tudo quieto e parado como se do furacão;
Fosse o olho que aqui está centralizado...
Contanto que não roube minha imaginação;
E que também não venha a fazer estragos...
Na minha mente que clama pelo coração!
Porém já causou alguns e eu até percebo!
Ando mais no mundo da lua que nunca...
Não seria por hora bem este meu desejo;
Caminho esperando dissipar as brumas...
Pois pegaram meu ser e nada mais vejo!
São Paulo, 28 de Maio de 2010