Soneca

Deita na rede... o corpo cansado

A princípio parece não relaxar

Tem ondulações na alma

Mas pouco a pouco os braços vão cedendo

Descansa as pernas, os olhos fecham

As pálpebras pesam, pesam...

Estremece o vento

Um cavalo branco

E uma menina a galopar

O vestido é vermelho de bolinhas azuis

No riso da tarde

Por cima das nuvens

Os pés andam por maravilhas de flores

Sobre algodão-doce

Tapetes que voam

Animais aparecem desaparecem

Escondem-se em lugares invisíveis

Chamam-na de longe de perto

Em jardins silvestres

Na frescura da manhã

E uma borboleta amarelo-ouro...

O corpo parece flutuar dentro da rede

Encaixa-se naturalmente no sonho

Mas o sol anda... anda

Um buraco na telha deixa

Passar um raio caindo

nos olhos que brincam...

A mulher acorda.

dona T
Enviado por dona T em 22/05/2010
Reeditado em 22/05/2010
Código do texto: T2272518
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