MÃOS CHEIAS DE NADA

MÃOS CHEIAS DE NADA

Um grito

Aflito,

Sufocado,

De ave-mãe

Voo planado,

Penetrou o eu profundo;

E como vaga de mar

Veio se esparramar

Sobre o cais

Do caos,

Da minha saudade

Primeira.

- Selva petrificada

De mãos cheias de nada,

Mãos cheias de nada.

Eduardo de Almeida Farias

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 14/05/2010
Código do texto: T2257031