MÃOS CHEIAS DE NADA
MÃOS CHEIAS DE NADA
Um grito
Aflito,
Sufocado,
De ave-mãe
Voo planado,
Penetrou o eu profundo;
E como vaga de mar
Veio se esparramar
Sobre o cais
Do caos,
Da minha saudade
Primeira.
- Selva petrificada
De mãos cheias de nada,
Mãos cheias de nada.
Eduardo de Almeida Farias