MEUS FANTASMAS
Meus fantasmas
Sombrios e sem caras
Sempre do meu lado
Brincando de padre
Na sombra da alma...
Auspiciosos fofos
Amados odiados
Seguem afoitos
A lentidão dos passos
Da minha alma.
Enfrento-os com teimosia
Fechos os ouvidos aos seus gritos
Tranco-me no futuro em plena luz do dia
Fujo do seu ataque sigo sozinho
A assiduidade dos estranhos caminhos.
Meus fantasmas
Sombras bizarras
Atormentando-me o peito
Nas noites de incerteza
Onde chora a alma...
Todos têm os seus fantasmas
Uns são silenciosos outros lépidos
Mãos gigantes corpos opacos
Vestidos de sonhos e mistérios
Tomando conta da nossa alma...
Luiz Gonzaga Bezerra