Portal da imortalidade
Há uma imunidade nos sonhos
Uma liberdade amorfa e casta
Uma esperança no inatingível
Toda uma veleidade intrínseca
Um indelével mundo surrealista
Na trôpega profusão das imagens
O mar pode ser um rio
O rio pode ser um lago
O lago o sal de uma lágrima
E eu navego ao luar na fantasia
Na barca que me embala e alumia
Na vaga âncora da minha alma
Ao longe o céu serve de manta
À paz que engasgo na garganta
À emoção que me acomete
Sempre que o sono me remete
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