Na calada da noite
Segue, amoroso
O silencioso açoite...

Beijos intrépidos
Suados de sangue,
Resgatam os corpos
No pântano, no mangue
No âmago
Das emoções.

Boca a boca
Entrelaçadas em outras vidas
Selam-se numa lírica lida
Arejando a alva alma...
Tirando-lhes a calma
Da concórdia infinita.

Mordiscando
De leve, o pescoço
Da desfalecida realidade.
Num calor... num ardor,
O alvoroço êxtase.
E a eternidade.