Essa lucidez parece-se tanto com loucura
A fronteira entre as duas será imaginária?
Quando fui dormir ainda ontem tinha dez anos
Acordei ainda agora com quarenta e oito
Minha caixa de Pandora cheia de brinquedos
Na gaveta de cima ficam os sonhos
Na gaveta do meio ficam as histórias
E na de baixo ficam todos os medos
Tem um armário trancado a chaves
Ali estão guardados todos meus desejos
Solto na escrivaninha meu caderno de notas
Onde no meio de desenhos escrevo segredos
Na pasta azul uma coleção de bilhetinhos
Escrito neles lembretes para a caminhada:
Seja feliz! Brinque sempre! Faça amigos!
Leve o casaco que está frio! Traga pão!
Telefone para sua mãe! Eu te amo tanto!
Não esqueça que um sorriso é indispensável!
Cuidado com as palavras, elas são tagarelas!
Não vá muito longe e, por favor, volte logo!
Tem uma joaninha na coleção de tampinhas
Coleção de coisas, que coisa doida de se ver
Tampinhas, figurinhas, bibelôs, isqueiros
Rascunhos de poemas e muitos desenhos
Lápis, canetas, giz de cera, papel de vários tamanhos
Pedras de rios e conchinhas das praias...
Coleções invisíveis de lembranças tantas
O sorriso de minha mãe, os olhos azuis de meu pai
O balé de minha filha, os gols de meu filho...
A certeza de que as coisas boas devoram as ruins
Aquele frio na barriga antes do primeiro beijo
A primeira vez que vi o mar exclamei: ele se mexe
Se tanta coisa linda não volta mais, voltar a elas
Tem uma gaivota no céu azul de minha imaginação
Acordei cansado de uma viagem à Lua
Levantei mancando um pouco da asa esquerda
As estrelas me olham luz olhando para elas
O vento leva e traz nossos gritos de amor
Então eu te amo mais nas tempestades
Num mar imenso um barco navega tranquilo
E somos o barco, o mar e o horizonte
O universo é o resultado de nossas vontades
Nossas vontades o resumo de nossos sonhos
Nossos sonhos são disfarces da realidade
E a realidade invenção de nossa imaginação
(Poesia On Line, em 03/05/2010)
A fronteira entre as duas será imaginária?
Quando fui dormir ainda ontem tinha dez anos
Acordei ainda agora com quarenta e oito
Minha caixa de Pandora cheia de brinquedos
Na gaveta de cima ficam os sonhos
Na gaveta do meio ficam as histórias
E na de baixo ficam todos os medos
Tem um armário trancado a chaves
Ali estão guardados todos meus desejos
Solto na escrivaninha meu caderno de notas
Onde no meio de desenhos escrevo segredos
Na pasta azul uma coleção de bilhetinhos
Escrito neles lembretes para a caminhada:
Seja feliz! Brinque sempre! Faça amigos!
Leve o casaco que está frio! Traga pão!
Telefone para sua mãe! Eu te amo tanto!
Não esqueça que um sorriso é indispensável!
Cuidado com as palavras, elas são tagarelas!
Não vá muito longe e, por favor, volte logo!
Tem uma joaninha na coleção de tampinhas
Coleção de coisas, que coisa doida de se ver
Tampinhas, figurinhas, bibelôs, isqueiros
Rascunhos de poemas e muitos desenhos
Lápis, canetas, giz de cera, papel de vários tamanhos
Pedras de rios e conchinhas das praias...
Coleções invisíveis de lembranças tantas
O sorriso de minha mãe, os olhos azuis de meu pai
O balé de minha filha, os gols de meu filho...
A certeza de que as coisas boas devoram as ruins
Aquele frio na barriga antes do primeiro beijo
A primeira vez que vi o mar exclamei: ele se mexe
Se tanta coisa linda não volta mais, voltar a elas
Tem uma gaivota no céu azul de minha imaginação
Acordei cansado de uma viagem à Lua
Levantei mancando um pouco da asa esquerda
As estrelas me olham luz olhando para elas
O vento leva e traz nossos gritos de amor
Então eu te amo mais nas tempestades
Num mar imenso um barco navega tranquilo
E somos o barco, o mar e o horizonte
O universo é o resultado de nossas vontades
Nossas vontades o resumo de nossos sonhos
Nossos sonhos são disfarces da realidade
E a realidade invenção de nossa imaginação
(Poesia On Line, em 03/05/2010)