COMPORTAS

COMPORTAS

Joyce Sameitat

Em uma ritmada cadência;

Vai o coração com efervescência;

Desprendendo-se do meu ser...

Resolveu que vai flutuar;

Do oceano até a ponta do mar;

Para quem sabe renascer...

Vai banhar-se de ocasos,

Revestir-se de auroras...

Com ar de pouco caso;

Como o fazia outrora...

Não leva jeito no real;

Vive no mundo da lua...

É só seu transcendental;

Que caminha nas ruas...

Vive em cores, escondido;

Assustado a palpitar...

Em cidades vê os perigos;

Que pressente do ar...

Passeia solenemente;

Entre as nuvens do céu...

Causa meio displicente;

Nelas um belo fogaréu...

Se em cima alguém ver;

Um céu super colorido...

É meu coração a arder;

Fazendo das cores fluido.

Para poder assim aspirar;

Belezas que a vida mostra;

Então irá certamente voltar;

A viver como quer agora...

Coração que já bate manso;

E que sempre abre a porta...

Para o amor cujo descanso;

É abrir dele as comportas...

São Paulo, 30 de Abril de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 30/04/2010
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