Um vazio no peito

Sinto um vazio,

que me transpassa o peito,

feito lanças de arqueiros

de tempos medievos

Este vácuo existencial

vem de conflitos cotidianos

folhas que se desprendem afinal

da árvore de meus anos biológicos.

Sinto um vazio,

que me atinge o peri-espírito

feito energia em curtos-circuitos

formando arcos voltaicos

Este vácuo espiritual

vem de conflito transcendental

páginas dos diários

do livro de meus anos universais.

AjAraújo, o poeta humanista, poema escrito em abril de 2010.

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