Cordeiro à Tinta

Feridas internas e profundas aos poucos cicatrizam,

A cidade em prantos abre suas veias de engarrafamento,

É claro, o sangue do incomum ao típico, tem muito mais valor

Se a carne é de papel e se a gota for de tinta.

Logo os jornais trazem o avatar da morte bem à porta,

A porta egoísta de nossos lares, num carmesim de confusões,

Sendo claro que o jardim de sacrifícios alheio nos escorre,

Mas quem se importa, se o que se apresenta são apenas “papel e tinta”?