E caindo grita o poeta
A cada instante uma queda
No abismo das palavras malditas,
A mercê de um estouro ao tocar o chão.
O tempo lhe empurra pelas costas
E caindo grita o poeta
A prantos de seu destino
Que não o tem em suas mãos.
Injuriado escreve os sonhos
Pra ensinar a deus o que fazer
Com sua varinha de condão.