SONHOS MEUS

SONHOS MEUS

Joyce Sameitat

Eu pingo sereno dos meus dedos;

Ao tanger sonhos em pleno deserto...

Canto muito para disfarçar os medos;

Trazendo um coração bem esperto...

Nas noites vazias porém fartamente estreladas;

Voam meus pensamentos que areias aspergem...

Vejo a carruagem da noite olhar-me assombrada;

Enquanto os sonhos a mim mesma antecedem...

Nas negras pedras que vultos escondem;

Vou deslizando mais suave que o ar...

Minhas várias vozes em ecos respondem;

Enquanto recebo chuvas de raios de luar...

Meus sonhos explodem então em sinfonias;

Que nem eu mesma sei como os expressar...

São dos muitos desfiles, luxuosas alegorias;

Que mal vejo a hora de dormir para sonhar...

Libertando-me da solidão que não poderia;

Se ficasse a realidade olhando sem parar...

São Paulo, 11 de Abril de 2009

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 11/04/2010
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