Poesia Livre... Aprisionada !

Verti lágrimas de sangue

Senti a dor fluir pelas veias

Rasguei manifestos negros

Para encontrar a centelha

Olhei-me no espelho

Sofri na pele desejos cinzentos

Onde estão as cores do arco íris?

Elas ousam se esconderem

Entre os escombros finos

Hei de fazer um refino

Da minha saudade...

Escrevi versos em branco

Sentada na alcova de um banco

Nessas masmorras negras

Cela de uma monja que verseja

Fiz meu lar desarrumado

Corpo alquebrado

Nos meus pensamentos

Vive daqueles momentos

Uma mulher livre renasce

Inteira aqui transparece

Aprisionada neste frágil corpo

Quer de vez libertar-se à vida

Como gritos de revolta

Compõe e a tristeza solta

S entimentos ao vento

I ntensos e propensos

L amentos soltos

E nvolventes e desenvoltos

N avegam a minha alma

C uriosa por vezes acalma

I nstante que inflama

O rações de joelhos na cama

...

Tantos medos escondidos

Perdidos nos tempos idos

Na profundeza da memória

Busco em ti a minha vitória

Entre os escombros da saudade

Pressenti a própria história

Melodiosa sinfonia de glória

Gritava pela liberdade...

Vislumbre entre as brumas

Do sopro da eternidade

Dueto: Maria Flor & Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 06/04/2010
Reeditado em 06/04/2010
Código do texto: T2181408