ÊXODO
ÊXODO
Joyce Sameitat
Eu sou como que uma pedra bruta;
Em fase de constante lapidação...
Então o meu ser apenas se tortura;
Muito além da minha imaginação...
Dificuldades me assediam o tempo todo;
Me fazem sentir como que a enlouquecer...
Sinto dentro de mim que sou um êxodo;
Do que deve para sempre partir e morrer...
Não é nada fácil procurar as mudanças;
Ou até mesmo como devo proceder...
Bate a minha porta todas intemperanças;
Que tentam e me fazem desfalecer...
Dentro de mim o coração só balança;
Qual pêndulo de um relógio antigo...
E embora eu tente ter esperanças;
Meu ego é o meu próprio inimigo...
Vá-se entender esta vida que escorre;
Entre os meus dedos com força total...
Que não ajuda e nem sempre socorre;
A fragilidade deste corpo tão mortal...
São Paulo, 06 de Abril de 2010