Psicodelícia
Nalgumas ocasiões ele sabia
Possuía a mais resoluta certeza
Possuiria enfim
Se não fosse ela quem o possuísse.
A verdade era relativa
E todas verdades eram parentes
Paternalidades partilhadas
Brincávamos de deuses
Criando o impossível da arte
Em ranhuras tranquilas das amizades.
O sopro vinha rasgante
Mas não tardava cessava.
Curtos ciclos
Curtas saias
Cultos cultos.
Nalgumas raras
Excelssas
Ocasiões inesperadas
Exalava o mais doce
Alvorada da sanidade
Déspota demente sanidade!
Ah pirata trêbedo
Fúrio de moléstia fácil e frouxa!
És um sidarta
Ou apenas mais um filhinho da mamãe?
Parcas respostas
A vida agora era outra
Em códigos de barras
E pândegas barradas no baile
O normal agora ser perdido de si.
Então na sóbria esquina
De repente tudo era luz
Tudo era música intensa
Perfeição metaritmética
Sonho lúcido do existir.
A restaução era imprópria
Apropriava-se
Um estupro que inspirava gratidão tardia.