Desavesso

Ele entorpecido

De cevada fermentada

De sambarrocks e maracadubs

De poesia real demais

De cânticos inesperados.

Ele assombrado pelo que já não devia

Alarido do sonho que insiste

Da ânsia insana de quem sabe

Ai doída sina quem sabe um dia

A gente tomar um café por aí

Pra mor de conversar.

Eu queria pegar naquela mão

Mas ela praticamente não existe

Como praticamente não existe o tesão

Da corrida que se foi desamparada.

Juncos em brasa

Uma esperança estúpida timbala

De reatar nós que não cabem mais

De alcançar o glorioso

Do poeta que filosofa.

Um amor forte

Cura qualquer doença

Como um coração esperançoso

Realiza qualquer desejo.

Rir

Pra não chorar.