CAVALGADA
CAVALGADA
Joyce Sameitat
Cavalgam raios no espaço celeste;
Qual fossem um único cavalo lunar...
Dentro de mim o medo só cresce;
Já que não sei onde irão escoicear...
Chega a chuva nas rajadas de vento;
Eu a ouço pulando aqui no telhado...
Acho que nuvens a qualquer momento;
Irão fazer um enorme estardalhaço...
Meus pensamentos seguem-lhes os passos;
Enquanto os olhos acima da chuva miram...
Vêem um território claro e até bem vasto;
Onde o sol e os raios mais ainda iluminam...
Fico bem dentro de mim a vagar;
Fechando os ouvidos aos trovões...
Mas sentindo na alma o iluminar;
Destes tão constantes clarões...
Procuro aos meus sonhos salvar;
De uma possível inundação...
Vão-se um a um a cavalgar;
Só não sei se um dia voltarão...
Neste belo cavalo mágico montaram;
Sem nenhum medo demonstrarem...
Parte da minha vida os acompanharam;
A outra está esperando eles voltarem...
São Paulo, 28 de Março de 2010