2012
Minha mente esta agora,
Como rio caudaloso,
Cujas águas se chocam contra as pedras
E saltam espalhando guizos infantis
E choro lamurioso!
Se eu pudesse ouvir meus pensamentos,
Estes seriam sons;
Sem ritmo , cansados e partidos.
Nada neste meu pensar é manso
Ou misericordioso,
Tudo é poço fundo, cujo fim, não sondo
Não diviso a paz, nem mesmo quando durmo
Meu pensar navega por mares
De ondas pesadas,
E céu escuro, criação de cegos orgulhosos.
Neste mar, náufragos sem memória
Discorrem... Seus ganhos e perdas,
Tristezas e dores!
Ah! Se me fosse oferecido ajuda
Eu pediria: Parem o tempo!
Dêem-me do silêncio primitivo,
Para que eu ouça meu coração!
E não estas verdades
Embebidas de Ilusão!
Que trafegam pelo mundo
Em carros ligeiros, transportando
O ridículo e o néscio
o parvo e o tumulo caiado!
Se eu fosse capaz de cismar
deteria meu pensar no simples e no necessário
E revigorado, juntaria minha mão a tua
E o enlace nos renovaria n’outra direção!