Só intuir, perceber.



Nem precisa entender
Só intuir, perceber.
Recriar universo interior,
paisagens etéreas,
retratos viajantes
escalam via láctea só dele,
mergulho no instante.Paira.

Por efêmero que seja,
gritam feito loucos
acordando caminhos, que eu saiba,
nunca feitos pelos outros.

Desperta! Recria! Renova!
Brilha chama que ilumina, baila,
buraco negro de sombras,
longínquas luzes disfarçadas
do que foi...

Orgásticas horas felizes,
ingênua pobreza amparada
iludida, o habitava.
Vida tão querida...
Nem precisa entender.
Só intuir, perceber...