A ALMA
Às vezes
a nostalgia...
A alma
como se recordasse
outro espaço
outro tempo
outro estado.
A alma
quando ainda
nem nascemos
e vagava...
vagava com o vento
vagava nos coqueirais
vagava no tempo
tempos ancestrais
e a alma que hoje temos
não fosse mais
que uma pálida cópia
de outros dias
quando nos bate
a nostalgia
esse banzo
do Jamais.
Somos o infinito
de vez em quando revelado
nesses rasgos
d’alma
nessas agonias
quando o espírito espreita
do lado de lá
e já
não lhe basta mais o dia
a monotonia
do seu estado atual.
Quer navegar!
Do meu livro Expresso Instante, 2006.
Vide mais em meu blog: garciapez.blogspot.com.