MEU ANJO, TE CHAMO!
Sofro
Recolho o fardo pesado de outras eras
Colho os frutos amargos que plantei
Naquela árvore semeada em terra árida
Com as sementes do ódio e do egoísmo.
Choro
O resultado de uma vida desregrada
No inferno escuro em que me embrenhei
Naquele tempo em que a minha ignorância
Fazia do meu ego centro do lazer.
Suplico
A mão do Anjo que sempre me assistiu
E afastado esperou meu renascer
Sem me forçar docemente ali ficou
À espera de um chamado que não dei.
Rezo
Que Ele volte ao meu convívio nesta hora
No meu soluço que triste chega ao Céu
E a certeza de sua volta é a esperança
Que Ele venha embalar o meu resgate.
Sorrio
Porque vislumbro sua presença amiga
Cortando o véu que encobre meu espírito
Meus olhos turvos se abrem para a Luz
Que este Amigo guardou p'ro meu destino.
************ ************
NA: Este poema é a minha fotografia interior no dia
de hoje. E é também de dois grandes amigos.
Convido a minha amada Rubra Rosa e o meu
querido Joel, o Iratiense, a chamarmos juntos
os nossos Anjos.