ATENTA

ATENTA

Joyce Sameitat

Estou hoje por demais atenta;

Ao barulho do vento que refresca...

Embora de forma muito lenta;

Aparando do calor as arestas...

O sol arde com todo seu esplendor;

Deixando minha boca seca demais...

Derrete do meu coração todo amor;

Talvez eu não o veja nunca mais...

Dias intensos estão se passando;

Ou é a chuva que causa estragos...

Ou o calor que chega atormentando;

Tirando do meu coração o compasso...

Minha alma ao vento vai acompanhando;

Tentando recolher o amor tão derretido...

Do outro lado do mundo está acenando;

Com meus olhos nas estrelas perdidos...

A tal paz pela qual procuro vida afora;

Está cada vez mais difícil de alcançar...

Pois por momentos o céu só chora;

Já em outros resolveu me abrasar...

Volto toda a minha finita atenção;

Para o que gostaria de poder sonhar...

Enquanto isto o meu triste coração;

Aguarda a alma com seu amor voltar...

Atenta estou e em compasso de espera;

De que a vida venha me dar boas notícias...

Porque o tempo apenas olha e acelera;

Todos os meus já tão corridos dias...

Está me oprimindo ficar em estado de alerta;

Aguardando que meus sentimentos revivam...

A empolgação de manter a alma bem aberta;

Para entrarem emoções que os olhos não viram...

Mas que as sente de forma um tanto indireta;

E que por passe de mágica meu ser suavizam...

São Paulo, 16 de Fevereiro de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 16/03/2010
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