ELUCUBRAÇÕES
ELUCUBRAÇÕES
Joyce Sameitat
As línguas da noite estão escancaradas;
Quase dobram dos sonhos as esquinas...
Deu meia-noite, plena de madrugadas;
Que se amontoam uma nas outras por cima...
Os gritos da total e fria escuridão,
Não permitem ao sol que ele durma...
Bate do universo o grande coração,
Olhando o astro com muita ternura...
Passam pelos vãos fantasias aos montes,
Dobrando-se como panos em tessitura...
Vão aguardar da aurora os alvores,
Aos pedaços, de uma nova partitura...
Vai chegar sem referenciais do horizonte,
Desconhece o trono que lhe é destinado...
Meus olhos são pura neve em montes,
Que mira a tudo isto deveras encantado...
Cachoeira Paulista, 15/10/2006