FALSAS VERDADES... MENTIROSAS!
Verdades ditas por ti como sinceras;
Mas que se passadas numa peneira
Soam como mentiras por mim ouvidas
Ao perpassarem pela alma e suas feridas
Quem sabe, então, tuas mentiras que por vezes repetidas,
Tantas outras por ti ditas, proferidas, semeadas, destemidas...
Não se transformaram em verdades por mim aceitas?
Talvez enganado pelo teu discurso travestido de emoção
Vejo aquilo que vem de ti como um turbilhão;
E não dá tempo de aferir pela simples razão
Suas idéias difusas, confusas e superficiais;
Que manipulam e são ditas como naturais
Palavras perdidas e soltas ao vento;
Que não tem e nem mostram sentimentos
Gestos sem nenhum sentido para o momento;
Que já são os seus artifícios nos empreendimentos
Tudo tão desconexo, jogado, largado ao tempo;
Que fico a refletir onde irás parar nessa intenção
É como se o eco das palavras por ti pronunciadas;
Servissem como libelo acusatório por tal palavrório
E o teu som embriagado na dissonância da entonação
Chegassem até aqui sem nenhuma compreensão;
Talvez... Quem sabe... Prefira tapar os ouvidos
Para não escutá-las e mesmo vir a prestar atenção
Porque não quero mais ferir meu coração!
Que não suporta mais tanta dissimulação.
Dueto: Malu Monte e Hildebrando Menezes
Poema original ‘Verdades Mentirosas’ de Malu Monte publicado no Mural dos Escritores
http://muraldosescritores.ning.com/profiles/blogs/verdades-mentirosas