CONFUSO
CONFUSO
Joyce Sameitat
Lá nos confins do universo;
Onde impera a fria solidão...
Sempre que posso me acoberto;
Para aquecer o meu coração...
No berço esplêndido do universo!
Estrelas com força cintilam;
Minha alma vão iluminando...
Meus sentimentos fibrilam;
A todas elas acompanhando...
Enquanto sonhos deliram!
Sou um quê de ternura;
Com muita emoção...
Trago nos olhos ventura;
Vivo apenas de ilusão...
Meio clara e meio escura!
Neste vasto éter misterioso;
Me seguro com as duas mãos...
Enquanto meu olhar luminoso;
Procura enxergar a sua solidão...
Que é um ser frio e horroroso!
Os sons que aqui eu não sinto;
Fazem a mim mesma eu sondar...
Mas é tão enorme este infinito;
Que eu nem consigo é sonhar...
Porquê nele existe um grito!
Despenco dos meus pensamentos;
Sei muito bem que eu até viajei...
Mas este universo que adentro;
Foi o que eu própria imaginei...
Será que me alegro ou lamento?
E a minha solidão se comparada;
Com a que penso ter sentido...
É apenas uma parca lufada;
Também algo muito reles, finito...
Que de mim dá gargalhadas!
Ao ver os pés no chão pisando;
Me faz sentir como sou frágil...
Em sonhos vou descambando;
Por meio da minha mente ágil...
Porquê o chão está balançando!
Mas as loucuras que me tomam;
Me fazem a vida plena sentir...
Mesmo quando os olhos choram;
Sou bem capaz de até sorrir...
Alegrias que sentimentos imploram!
Porquê a minha farta imaginação;
É que me faz em tudo acreditar...
Mesmo sendo apenas alucinação;
Põe meu coração a se agitar...
Dizendo ora sim, ora não;
Para tudo que estou a pensar...
Sem consultar a emoção;
Que como chão está a balançar...
Vou voltar para a vastidão;
Lá irei minha casa montar!
São Paulo, 02 de Março de 2010