EMOÇÕES
EMOÇÕES
Joyce Sameitat
O céu me fala por meio de trovões;
Mas não consigo a nada entender...
Hoje não vejo os famosos clarões;
Resolveram todos... Se esconder...
O que será que eles tanto conversam;
Mistério para mim... Indecifrável...
Será que a natureza algo confessam;
Que me é totalmente insondável?
O vento começa a se esparramar;
Como que uma brisa cantante...
E as folhas em seu leve farfalhar;
Lembram-me dançarinas errantes...
Por alguns segundos ele para;
Como que de surpresa cego...
Mas volta com suas lufadas;
Que me cativam... Não nego...
Parecem até os meus pensamentos;
Que mudam ao sabor da emoção...
Tem horas que balançam qual vento;
Em outras empurram o meu coração...
E cada um se faz presente;
Por um tempo deveras frágil...
Logo este se torna ausente;
Se apresenta outro mais ágil;
Assim seguem continuamente...
Tais como as grandes tempestades;
Não me deixam os entender também...
Creio que do céu devem fazer parte;
Escondem tudo como ele muito bem...
E as emoções se embolam;
Um grande caos criando...
Dentro de mim elas rolam;
Saindo por ai rimbombando...
São Paulo, Fevereiro de 2010