Adeus realidade presente

Adeus realidade presente

Naves velozes enchem o cinzento espaço

Não olhamos para trás

Nosso planeta não existe mais

Hoje mudamos de rota, o laço se desfaz.

Adeus! Terra! Acabas de explodir

Teus fragmentos superlotam o tempo

Não podes mais sorrir,

Planeta morto, acabado numa rajada de vento...

Outros sóis nos esperam...

Em nossa viagem pelas estrelas...

Alcançaremos outras esferas

Tão belas, seus brilhos nos emprestam...

Coragem para seguir adirate

Levado pela continuidade da vida,

Adeus! Triste terra! Antiga e sofrida

Conseguimos fugir, dar nova partida...

Naves cruzam o espaço imperceptíveis

Nestas dimensões tudo é imprevisível,

Pode parecer simples diversão

As criações do ser Invisível...

Não existe nem mesmo espaço

Atingimos um ponto que ser

É a única realidade suprema

Não temos palavras para descrever

O que acontece além da imaginação terrena!

Somente na fusão de corpos no mundo astral

Muito além do espaço sideral

A luz nos mostra claramente

O que não nos deixa ver nossa mente.

Em precisão, exatidão, a única condição

Existente em forma do ser em evolução

Eu, você, na terra no momento presente

Pequenos átomos da divina ciração.

Adeus planetas, sóis, tudo existente

Somos mais que elos numa corrente.

Adeus tragédias, histórias, tudo para sempre

No infinito de todas as coisas

Germinam incessantemente novas sementes...

Adeus realidades, dimensões presentes

Evoluções, fantásticas ilusões,

Adeus conceitos, questões, soluções

Restam apenas nossos corações

Inseminados na realidade nascente

De um novo e esperançoso universo

Feito de amor, sonho e poesia crescente

Mar e lua prateando meu verso.