AMPUTAÇÃO
Quando eu volto
Sempre é de mim que me desprendo
para poder voltar.
Revolto.
Qual o vento que movimenta docemente
a tênue folha desprendida ao léu,
Assim sou eu
a balouçar na saudade
Entregue e sem rumo...
sempre em busca do mesmo céu.
E se revolto
Perco uma parte de mim que se nega a voltar.
É quando parto de mim amputada,
pelas trilhas, renegada!
sempre querendo ficar.
É assim que revolto... mas volto.
Para buscar o que de mim
se perdeu pelos tortuosos caminhos.