Aquele corpo...

Se aquele corpo falasse,

Ele murmuraria em tons solícitos,

Diria que já saciou a sede de muitos,

Mas só de mim ele matou a fome!

Se aquele corpo pensasse,

Riria como uma depravada presa na abadia,

Extenuava-se em doses de papoula,

E libertaria o mais prolixo dos apurados,

Para juntar-se a minha insígnia,

Quase insignificante...

Se aquele corpo berrasse,

Gritaria como uma louca engaiolada,

Sedenta e vazia,

Sonora e silente...

Se aquele corpo voasse,

Sumiria,

Quem sabe?

Cairia,

Ou ainda...

Poderia...

Acoplar e quem sabe,

Copularia agora, já!

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

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Enviado por CHaMP Brasil em 26/02/2010
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