Ó MULHER AMADA
Ó mulher amada,
meu pomar sagrado onde maçãs gêmeas
protuberantes me embriagam
com seu cheiro de alfazema
Ó mulher amada,
meu vale em relva rente de
colinas duplicadas redondas maciças
onde minha vista avista
a gruta pelo viajante solitário cobiçada
Ó mulher amada,
meu hectare de trigo pendões ao vento
ornando tua nesga de terra
teus grandes lagos negros
Ó mulher amada,
meu deserto inclemente peregrino lambo
sedento teu oásis minúsculo mirando
tua nascente fenda talhada jorrando mel.