Ó MULHER AMADA

Ó mulher amada,

meu pomar sagrado onde maçãs gêmeas

protuberantes me embriagam

com seu cheiro de alfazema

Ó mulher amada,

meu vale em relva rente de

colinas duplicadas redondas maciças

onde minha vista avista

a gruta pelo viajante solitário cobiçada

Ó mulher amada,

meu hectare de trigo pendões ao vento

ornando tua nesga de terra

teus grandes lagos negros

Ó mulher amada,

meu deserto inclemente peregrino lambo

sedento teu oásis minúsculo mirando

tua nascente fenda talhada jorrando mel.

Joseoli
Enviado por Joseoli em 22/02/2010
Código do texto: T2100746
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