PRECISO AMAR
Preciso amar.
Não importa o sacrifício da dor,
das metades que nunca se tornarão inteira.
Preciso amar.
Expor-me ao holocausto ainda
que seja multifacetado,
universalizado em rostos de mulheres tantas, caleidoscópicas...
Não importa o lusco-fusco,
partidas, adeuses, coração
afogado em crepúsculos vermelhos-vazios.
Preciso amar.
Não importa o tempo do olhar,
do abraço, do beijo,
do abobalhado êxtase quando nada
importa ao que mais importa
se não, o ato de estar, ainda,
respirando a vida que me resta...