Nada Perfeita

Perdido de si, ia o homem
Na imperfeição de ser, se abatia.
Do vulnerável, a cama fazia, em sofrimento que o acolhia.
Inúmeras tramas, anomalias tantas
em dor tecidas, insanas, sem cor, vazias...

Ó jornada que prolonga em desdita a vida!
Tudo pode acontecer!
Se longa, coração de pedra se instala.
Na dor a cautela reserva o direito
de estar fora da arena, se isola sem fala.
Nada perfeita, nada serena...
E se fecha.Se recolhe...cala.

Um útero a abraça, sofre, quase desiste e expulsa.
Medita! Se envolve! Dá de cara com a mudança! Criança!

A verdade a assusta e desinstala.
Cai na graça que de colo a acolhe in,
Se encontra, viaja dentro de si
na bonança, que a rouba do fracasso,
Constrói pontes, que ao amor o leve...
Passo a passo...se conhece...