BROTAR

Quantas vezes de alma em andrajos, arremessada ao chão

decidi assim me deixar

e parar de lutar em vão.

Quantas vezes a me acabar

o vento rude fustigou minh'alma

e assim me deixei sangrar.

Quantas vezes me vendo cair,

pés brutais pisotearam-me

e eu me deixei ferir.

Mas, ah!

Quantas vezes do charco vil,

obriguei-me a ressurgir

como as bétulas entre a neve

anunciando alegres, um dia primaveril.

aliah
Enviado por aliah em 09/02/2010
Código do texto: T2077409
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