BROTAR
Quantas vezes de alma em andrajos, arremessada ao chão
decidi assim me deixar
e parar de lutar em vão.
Quantas vezes a me acabar
o vento rude fustigou minh'alma
e assim me deixei sangrar.
Quantas vezes me vendo cair,
pés brutais pisotearam-me
e eu me deixei ferir.
Mas, ah!
Quantas vezes do charco vil,
obriguei-me a ressurgir
como as bétulas entre a neve
anunciando alegres, um dia primaveril.