SÉRIE PERSONAGEM N. 23
Eu sou este anjo quase mendigo
e sigo meio triste... meio sozinho
cruzando as ruas e as cidades
sem lar ou algum pouso fixo.
Sou este a que ninguém apela,
às vezes mudo, outras prolixo,
distante do aroma das velas
e da fria inércia dos altares.
Eu busco o calor e a luz solar
e (de noite) o brilho do luar.
Ando sobre terra e os mares
ao sabor do vento e sem abrigo
repousando à porta dos templos
um anjo simples e esfarrapado
assim meio singelo... meio torto
sem beleza sem qualquer vaidade.
Tenho um par de asas quebradas
e a esperança por vezes alquebrada.
Deixo-me ferir... mas eu jamais firo
eu só suspiro junto aos agoniados
sem nunca esperar pela Eternidade.
Eu não pertenço a algum belo vitral
e desejo apenas encontrar meu porto
dentro duma silenciosa capela colonial.
***
Silvia Regina Costa Lima
10 de janeiro de 2009
Eu sou este anjo quase mendigo
e sigo meio triste... meio sozinho
cruzando as ruas e as cidades
sem lar ou algum pouso fixo.
Sou este a que ninguém apela,
às vezes mudo, outras prolixo,
distante do aroma das velas
e da fria inércia dos altares.
Eu busco o calor e a luz solar
e (de noite) o brilho do luar.
Ando sobre terra e os mares
ao sabor do vento e sem abrigo
repousando à porta dos templos
um anjo simples e esfarrapado
assim meio singelo... meio torto
sem beleza sem qualquer vaidade.
Tenho um par de asas quebradas
e a esperança por vezes alquebrada.
Deixo-me ferir... mas eu jamais firo
eu só suspiro junto aos agoniados
sem nunca esperar pela Eternidade.
Eu não pertenço a algum belo vitral
e desejo apenas encontrar meu porto
dentro duma silenciosa capela colonial.
***
Silvia Regina Costa Lima
10 de janeiro de 2009