CONCRETO E ABSTRATO

Precisa de céu

prá ser poeta;

não precisa chão,

coisas concretas.

Que poesia ilude,

poesia transgride;

remexe a alma,

às vêzes agride.

Alvoroça até

a velha calma

ou adormece

quando se acalma.

Então, tantos poetas,

entre blocos, concretos,

perdem-se no abstrato

dos sonhos secretos.

Riva
Enviado por Riva em 01/08/2006
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