Vaga luz
Onde vaga a luz?
Por estrelas e descaminhos
Entre templários e mensageiros
Transforma o desespero em sinais?
Vagado no penhasco entre pedras
Espreitam no mar as tormentas
Tragam da aflição as eloqüências
Tramitam as cenas expostas em cicatrizes?
Do amor vagabundo e transparente
No vendaval que se aproxima escorregadio
Eclode inconseqüente arrebentação
Entre as terras que moam os sentimentos.
Dragam as passagens dos sólidos
E transfixem cordas aos nós atados
No lago da paixão milenar instigada,
Persiste o corroído padrão de cores sóbrias.
Uivam ferozes lodos nos navios
No futuro projetado onde cindi a vida,
Velozes peixes os alimentam
Sobrevivendo de ciladas e armaduras.