A Nova Era
Corpo nas pedras, pedras no caminho
Deitado permaneço, sozinho
Ouço passos, vozes, vejo pessoas
Do horizonte elas vêm cantando
Vestes brancas, como acesas
Mulheres, homens, idosos e crianças
Cada um com uma informal beleza
E uma incomum paz e esperança
É como se nada fosse mais importante
Que amar sem medida ao outro
É como se todo amor não fosse o bastante
Reluzem distantes ainda, seus colares de ouro
Chove fino, e em meio às nuvens um raio de sol
Amarelo como jamais pudera estar
Tudo forma um único sentido, e o arrebol
Muito mais paz me consegue causar
A terra tornou-se agradável
É uma era admirável
Antigo e novo se misturam
Se completam e perduram
Levanto-me, é hora de proclamar
A liberdade do amor e do amar
Da Alexandria à Zurique
De alpha à ômega justifique
O firmamento é diferenciado
O pensar já não é pecado
E juntos estamos
Constituindo planos
Assim, como todos os que nasceram e morreram desde os primórdios...