Neófito

Prisões existem, assim como paredes separatórias

Amores e cometas não desviam sua trajetória

Meu coração repousa numa cama de espinhos

Antes de seguirmos nossos ditos caminhos

Levantei templos que quase beijam o céu azul

Agora é como se tudo fosse uma eterna tarde

Quieta e calma de um domingo no pólo sul

Naquele frio calor que congela e arde

Cada palavra voa por sete galáxias

Mas, quantos universos existem pra comportar

Tudo o que o Ser humano não acha

Tanto quanto não se justifica amar

Possa teu amor libertar-se

Do teu incompreensível medo

E então tu possas entregar-se

Ao que desejaste tão cedo

Enquanto isso, no espelho das águas

Vejo teu futuro tão incerto

Vagando entre corpos e almas

Que de tão longe, se fazem perto

Feito quasares na tua alma

Quero entrar pelos teus olhos

E na minha precipitada calma

Tornar-nos eternos!

E possuir-te, como a morte possui a vida...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 24/01/2010
Código do texto: T2048536
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