SEDA E FÚRIA
Seda é a própria mulher
Fúria é o homem
Na busca se consomem
Entre a delicadeza...
Do ser poderoso e elegante
Com o animal passional
Dualidades sempre presentes
Marcando as diferenças
No âmago das magias
Que capta a poesia
Na metamorfose dos dias
Das noites frias e vazias
Nas madrugadas de boemia
Ou na alvorada que irradia
A seda veste-se da beleza
A fúria nas cruéis incertezas
Há que se ter por elas a clareza
Para perceber suas entranhas
Que se encontram na natureza
Do amor sublime que nos fascina
Que tem a textura da seda
No amor que explode furioso
Na fúria selvagem da própria vida
Um perece e desaparece
Quando o outro esquece
Um ao lado doutro...
Diz-se que é 'amor perfeito'
Que esse tipo tem e leva jeito
É o sal da terra que tudo tempera
O alimento da felicidade
Da saúde e da prosperidade.
Hildebrando Menezes
Nota: Inspirado no texto “Diferenças’ de Silvia Mendonça