Disse-me um Sábio Ancião

Caminhando por uma rua escura e deserta,

Deparei-me com um sujeito estranho,

Que vestia apenas um roupão medonho,

Notei que não era da minha terra.

Aproximou-se e disse-me o seguinte:

Que ele era apenas um velho sem nome,

Que não tinha passado na sua fronte,

E que nunca tinha tido nenhum requinte.

Mas, disse-me palavras que nunca esquecerei,

Disse-me que o amor é a nossa essência,

Que é o único caminho da nossa excelência,

Amor que tudo cura, tudo vive, tudo ama.

Disse-me que a paz esta dentro de nós,

Que a guerra é a nossa degradação espiritual,

Que remete-nos ao Inferno, reino do Mal,

E que julgássemos a espada o nosso algoz.

Apontou-me os arredores e as estrelas do céu,

E disse-me que tudo foi nos dado com amor,

Para que sejamos cuidadosos como um floricultor,

Que rega a Natureza e o Homem, semelhante a uma flor.

E antes que sumisse na escuridão daquela noite,

Reiterou-me, seriamente, que o amor é o único caminho,

Para acabar com toda a tristeza, com todo o espinho,

A fim de que a nossa alma encontre o Paraíso e não o açoite.

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Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 27/07/2006
Reeditado em 29/07/2006
Código do texto: T203112