Ocaso dos Sonhos

Não quero ou desejo nada,

pela primeira vez na vida

não espero um beijo d’uma amada

ou mesmo a sensatez da cura divina

- Que Deus me perdoe! Mas nada almejo

ou tenho mais um sonho

o qual eu disponho

da minha cabeça que o mereço

Não que eu queria largar a vida e morrer

posto já não exista algo para deixar

algo o qual não queira mais, e largar

Realmente não tenho uma vontade sôfrega de deixar

de viver

Mas eu queria deixar-me sozinho na praia

com o crepúsculo ao horizonte

descendo moroso de vontade fraca

Posto o dia e a tarde foram quentes

Intensamente quentes, de queimar a fronte...

E o sol lentamente, de fogo candente

Se esvaindo, se indo

com as tristezas, raivas e desculpas sorvendo

e eu delas olvidando, esquecendo...