ANDORINHAS-PASSARINHOS
Andorinhas-passarinhos
Qual é a sua primeira empreitada
ao mirar notas musicais das aves
na Mãe Natureza?
Ou seriam as naturais
revoadas de arapongas
a aliciar as asas?
Ou provocar
outras asas-de-telhas
que também espreitam a cantar
as andorinhas-passarinhos?
Como seus cantos evoluem?
Como seus ninhos são feitos
Para onde sem põem a caminho
Seriam como todos
os vôos de gansos
Do norte ciferal?
Iguais e intangíveis?
Como seu canto evolui?
Andorinhas-passarinhos
E na minha janela,
No meu quintal,
Na minha árvore,
No meu degrau,
Na minha varanda,
No meu passeio interior,
Vejo todas em casais.
Crescem todos seus ninhos.
Todo sinal divino e natural
Não é criado pelo homem.
Todo hino contém andorinhas,
Que voam serenas
No despertar do poema.
Que seus olhares não se percam nas tulipas
nas orquídeas, nas rosas e nas folhas
que mãos possam criar diversas flores
em contornos de desenhos,
pois formas tão perfeitas de beleza,
merecem cantos de Heras,
com a permissão do Olimpo.
E que o mundo saciado de fadigas, descanse...
E que pessoas de fragilidades tantas,
não se façam pequenas.
E quando diminutas e tenras
procurem no baixo, no calco da terra.
Andorinhas, andorinhas-passarinhos
Cerrem os pulsos para a luta vinda do alto
e que cintilam nos céus.
Partimos bordando a vida,
sem conhecer por inteiro o risco.
E permanecem o seu canto.
E,
Continuam longe mesmo assim
Sempre em revoadas
A sua verdade de evolução é
vista por múltiplas facetas:
seus amores são assim,
cantos, ninhos e imagens
bem vistos
na representação caricatural
no bater de suas hílares asas
Andorinhas-passarinhos
Que vão embora em badaladas,
Tocando sinos nas asas
Crescendo para o infinito.
bHZ, 07/01/10