TARDES MORTAS
Sem rumores de beijos
sem vislumbre de abraços
sem esboço de sorrisos
sem as brisas e seus odores
Desprovidas de paixão
desgarradas dos amores
despedaçadas de cores
desaparecendo na noite
Navalhas rasgando dores
navios singrando tristezas
nações bobas se matando
napal afogando vidas em chamas
Marcando sinais de luto
matando a vida humana
marchando para o nada
massacrando inocentes
Caçoando dos moralistas
caçando beijos não realizados
cantando melodias tontas
carimbando os imbecis
E morrem porque deprimem
e turvam devido a violência
e choram por faltar o riso
e envelhecem recusando o novo