TARDES MORTAS

Sem rumores de beijos

sem vislumbre de abraços

sem esboço de sorrisos

sem as brisas e seus odores

Desprovidas de paixão

desgarradas dos amores

despedaçadas de cores

desaparecendo na noite

Navalhas rasgando dores

navios singrando tristezas

nações bobas se matando

napal afogando vidas em chamas

Marcando sinais de luto

matando a vida humana

marchando para o nada

massacrando inocentes

Caçoando dos moralistas

caçando beijos não realizados

cantando melodias tontas

carimbando os imbecis

E morrem porque deprimem

e turvam devido a violência

e choram por faltar o riso

e envelhecem recusando o novo

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/01/2010
Código do texto: T2015288
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