Deus, o Anjo, a Poesia e a Fenix ("A morte da Poeta"...versão ampliada, ou segunda versaõ ou revisaõ...)
I /
Poeta! /
Preferias à solidez das terras, /
as agitadas e profundas águas primordiais. /
Teu Ser estava sempre /
mergulhado em inquietudes e angustias /
abissais, na incessante busca /
de quem eras e o que aqui estavas a fazer.../
a razão de tua vinda... a espera... /
Qual seria o erro de teu mister,/ se não te queriam as palavras ouvir /
nem liam teus versos, sequer?/
... E a maioria dos que os faziam, não tinha alcance/
para captar a premente necessidade do teu querer:/
transmitir-lhes a Mensagem do Senhor,/
para que captassem a razão de seu próprio viver./
Tuas palavras, Éolo, o Senhor dos Ventos,/ ordenava a Eurus as soprasse e ele mesmo, pelos /
quadrantes deste mundo tempestuoso, as espalhava.../ Zéfiro, triste se quedava, pois suavemente queria / os versos teus chegassem aos ouvidos de todos os ateus.../ pois sabia alegre ficarias, por teres cumprido a missão / que a ti foi confiada pelo Criador, nosso Deus./
Teus escritos, as águas furiosas de Posêidon, / ao erguer seu Tridente, pela Terra avançavam e /
a tudo destruiram... de teus papéis, elaborados /
com cuidado, a tinta delavaram e as letras,/ transformaram-nas em manchas de um azul desbotado.../
não mais existiam as palavras que em tua alma /
germinaram e brotaram ao versejar, em ensinamentos.../
tudo para sempre perdido...tudo.../
perderam teus versos o transcendental sentido.../
tudo perdido... tudo... tudo perdido... /
II/
Poeta!... /
Que triste tua sina... não mais possuis o que /
fazia de ti um ser que ao sonhar, ensinarias /
os valores maiores aos que te quisessem ouvir.../
Sem o verbo, nada mais és. /
sem tua voz, o expressar dos sentires, emudeceu. /
Neste Brasil ensandecido,/ mais valia não houvesses nascido. Muito tens sofrido, / Verdade, há muito feneceu e sobejam /
as viscerais crueldades que herdou a maioria /
dos homens, de alguns dos filhos de Posêidon. /
E tu, pobre poeta sem voz e sem palavras, /
deixaste de viver./
Existes./
Apenas existes, pois o mundo com o qual sonhavas /
para ti e teus irmãos nesta Esfera,/
este teu mundo, tem pouco a pouco morrido.../
III /
Poeta! /
Não mais te entristeças . Sendo quem és, /
Deus não te castigou. Vieste para cumprir teu fado./
Este tempo de sofrer, agora acabou... /
Ao contrário do que pensas, não perdeste, venceste! /
Foste a mensageira por Ele escolhida, pois tens como poucos, / além do incomensurável amor que transborda de tu'alma / em cascata e a todos os bons sentimentos abarca,/
o dom da palavra, atitudes corretas, coragem e fibra! /
.........................
Em sendo pássaro, abre em leque tuas magníficas rubras asas:/
refulgirão ao Sol Poente! Alça vôo para o Éden de onde vieste /
desde o início o dos tempos e para onde retornas sempre./
O Deus dos Deuses, nosso Deus, aguarda-te sorridente! /
Far-te-á renascer novamente e mais forte ainda,invencivel e linda, /
imortal Fênix! Ressurgirás de tua intrínseca e /
espiritual matéria. Brandirás alto com tuas fortes garras /
a mortífera lança das tuas palavras, cuja certeira seta /
é feita com a liga da Verdade, da Realidade e da Dignidade, /
à qual, mentira alguma teria como subsistir. /
O Mal, sem condições de resistir,recuará até à final derrota: /
forçado para sempre a sucumbir e descer ao reino de Hades, /
o mundo das eternas trevas e algoz absoluto das veleidades. /
Poeta! /
Foste aquinhoada com o poder de extinguir da Terra o mal./
LIBERDADE E JUSTIÇA PARA TODOS TEUS IRMÃOS, AFINAL !!! /
NOTA: Senhor editor, senhores leitores,boa noite.
Coloquei as barras ao final de cada verso, para indicar seu fim. diagramação,quando 'transportava'-copiava a poesia do WORD, ficava completamente diferente.
Se possível, sr. editor, peço-lhe que retire as barras, mantendo a configuração dos versos na poesia, como gostaria ficasse.
Caso contrário, o sentido e a compreensão dos mesmos, por serem muitos em ordem indireta, ficará prejudicada e até mesmo ininteligével.
Desde já agradecida
Desejo-lhes um Ano Novo com Esperança, Saúde, Paz e Amor.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque