Camaradas Que se foram!!!

Quando as folhas caem ao chão, árvores choram, em silêncio, quase como se fosse uma oração.

Um vendaval, às vezes as carregam em séqüito, suavemente, depois vem o vento do Leste, ao voar da última cotovia do cair da tarde.

A lágrima que não escorre entre as raízes dão as diretrizes das tolas exéquias, das derradeiras honras do funeral.

Anjos da Cura e da Serenidade tocam liras da saudade, em nome dos bons e velhos Camaradas, folhas caídas em meio às nossas vidas.

Mas a semente aparentemente perdida, que não fecundou encontra refugio na terra dos campos do espaço.

Os Velhos Camaradas apenas na mente, retornam docemente, ficam à margem em distorcida imagem...

São gentis, pueris florescendo em outros jardins, são czares com nome de Cezar ou compositores e poetas com nome de Sebastião.

Agora folhas- antes mortas - renascendo em outros planos, sem medo sem enganos, respirando apenas sonhos amorfos de uma antiga ilusão.

Nota do autor- Apenas uma homenagem em um Natal de Renascimento em Cristo: aquele que não sabe o real valor da vida, não saberá o real valor da morte. A sorte não vem somente do Norte. E as flores não nascem apenas em nossos jardins.Também são cultivadas na luz de uma estrada em outros confins: em jardins celestiais, em lírios brancos dos delírios de um nova alvorada.

A todos os velhos e bons camaradas que passaram pelas nossas vidas e já se foram, mas não estão ausentes... continuam sempre presentes!!!