RENOVAR É PRECISO!

Um dia sentado, admirando o por do sol,
Ia também lembrando de quantas coisas bonitas,
Havia encontrado pela estrada da vida!
Ali mesmo ainda sentado,
Olhei pra trás, fiquei assustado,
Com a quantidade de gente,
Que vinha em minha direção.
Lembrei-me de quando era ainda menino,
Dos brinquedos ao longo da estrada,
Vi perfeitamente, a menina com quem
eu brincava, fomos crescendo,
Algo diferente ia acontecendo,
Coração batia forte, quando nos olhávamos,
Não sabíamos bem  o por quê.
Mas, resolvemos seguir juntos,
O caminho de mãos dadas!
Já não havia mais os brinquedos, 
Encontrávamos sim, com jardins, pomares,
Alimentados de tantas belezas,
Demos frutos, tal qual aquelas árvores.
Nessa época, passava por nós em sentido contrário,
Pessoas mais jovens, algumas tristes,
Outras sorridentes, cumprimentava-nos,
Por vezes brincavam com nosso filho.
Um certo dia mais adiante,
Veio em nossa direção, uma menina linda,
Deu a mão ao meu menino, e acenando foram
se distanciando, no sentido contrário que íamos.
Eu continuei andando percorrendo a estrada,
Com minha amada!
De repente ela foi caminhando com passadas mais largas,
Distanciando-se de mim. Até que, numa curva da estrada,
Desapareceu!
Eu, sem entender direito, continuava andando...
Quantas amizades eu fiz nessa época,
Parei numa grande fonte, alguém disse:
Aqui é a última fonte d’água,
Bebi da água segui em frente sozinho,
Fui tentando observar de tudo no caminho,
Conheci abismos, armadilhas,
Mas, continuava andando.
Depois de alguns anos,
Encontrei uma grande praça e sentei num dos bancos,
De lá, percebi a coisa mais esquisita da vida;
Algumas pessoas que estavam atrás de mim,
Umas como eu, sentavam nos bancos,
Outras seguiam davam a volta na praça,
E quando retornavam,
Passavam em minha frente, engatinhando,
Voltavam pra estrada, fazendo o caminho de volta.
Entendi perfeitamente,
Que ali naquela praça, a vida se renovava,
E que certamente do outro lado da estrada,
Outra praça igual aquela existiria.
Vendo o por do sol ainda, levantei-me,
E fui seguindo o meu destino!
No dia seguinte no calor de um novo dia,
Ponho meus pezinhos pequenos,
Novamente na mesma estrada e sigo...
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 22/07/2006
Reeditado em 22/07/2006
Código do texto: T199427
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