Nascer, Renascer...
Havia uma nascente...
Clara, cristalina, transparente.
Fluía lentamente,
Em ritmo de primavera, crescente.
Eram lágrimas pela montanha vertidas
Que se lançavam na calmaria das lagoas.
Escorriam dos verdes prados
No sereno das manhãs, garoas.
Brotavam nos olhos sinceros
Da gente que orava, junto aos círios.
Irradiavam a luz nos musgos
Na serenidade dos lagos.
Desciam feito gotas de chuvas
No pára-brisa, na janela...
No sangue que percorre artéria e veia
Água que verte a vida, és a própria essência.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 17/2/07.